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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Lona e Tergal - Sandra Maria Teixeira Ribeiro

LONA e TERGAL
A história do jeans começou em 1853 com as primeiras calças feitas pelo alemão Levi Strauss com lonas marrons de cobrir carroças do velho oeste americano. Depois as adaptou para um tecido azul da região de Nîmis, na França, usado por marinheiros de Gênova, Itália. O nome “jeans”, portanto, foi um apelido dado pelos norte-americanos aos genoveses e “denim” referia-se ao tecido “de Nîmis”. Assim, no final da década de 60, o jeans, inventado nos EUA, já se alastrava pelo mundo.
Porém, no Brasil, se alguém quisesse uma daquelas calças desbotadas, teria de encomendar uma Lee legítima de algum contrabandista e deixá-la uma semana de molho. Do contrário, a única opção, era usar a brasileira Far-West que nem quilos de sabão e horas esfregando no tanque tiravam a tinta, pois somente em 1972 surgiu a calça brasileira Us Top que além de desbotar ainda prometia uma liberdade azul.
Enfim, essa confusão toda é somente para lembrar que a invenção do uniforme do Ginásio dos anos 60 e 70 parecia partir do mesmo princípio, ou seja, que lonas eram as melhores opções para a confecção de calças. Assim as blusas brancas de algodão acompanhavam as calças e saias de lonas beges dos uniformes.
Mas, em seguida, enquanto o jeans americano virava hippie, grife e até chique, nossos uniformes foram substituídos por tergal. E então, após o mundo dar mais alguns giros no calendário, o tergal - que chegara fazendo estardalhaço - virou brega e desapareceu do mapa, envergonhado... Bem, ao menos até agora.

 (Foto: Blog Milton Neves)

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